quarta-feira, 2 de março de 2016

Meu Relato de Parto

Oi gente!

Quando criei o blog, ainda estava no primeiro trimestre da gestação, e a intenção era compartilhar tudo o que fosse acontecendo a partir daí, maaaas... acabei abandonando tudo por aqui.
Bom, como ficou tudo fora de ordem, vou soltar logo esse post com o meu relato de parto enquanto está tudo fresquinho na memória. 
A partir do 7° mês, comecei a ter insônia, então era comum passar grande parte da noite acordada assistindo séries, lendo matérias sobre gravidez, essas coisas de mãe de primeira viagem. Nas últimas semanas, comecei a bater cartão na maternidade, ia ao menos 3 vezes por semana, cada vez com um sintoma diferente. Como tudo era novidade e eu estava tomada pela ansiedade de ver o rostinho daquele pequeno ser que adorava enfiar o pé na minha costela, fazia questão de correr pra lá todas as vezes. Com 36 semanas, fui afastada do trabalho pra descansar para a chegada do bebê, pois ele já estava dando sinais de que viria logo. Comecei a dilatar com 36 semanas e 4 dias. Engraçado como certas coisas são marcantes! Eu nunca fui muito boa de memória... Enfim, era uma segunda-feira, quando fui na penúltima consulta do pré-natal, e o médico disse que o bebê já estava preparado, e que poderia vir a qualquer momento, meu corpo já tinha começado a dilatar e ele estava na posição certa. Nem cheguei a ir à próxima consulta (que até então, seria a última). Passava horas vendo vídeos daqueles lindos partos humanizados, uma pena que não corri atrás de um desse... quem sabe no próximo? Hahaha, fica aqui o registro da minha vontade. Procurei inúmeros exercícios na internet pra ajudar a dilatar mais, fazia todos, fazia as simpatias que lia por aí, dançava, caminhava... tudo o que era saudável eu tentei, sonhava com o parto normal. No dia 27 de Agosto (2015), uma quinta-feira, mais ou menos 3:30 da manhã, eu senti cólicas estranhas, eram um pouco diferente do que eu estava tendo ultimamente, mas como eu estava cansada de serem alarmes falsos, voltei a dormir. Quando foi aproximadamente 5:40, acordei tomada por uma pressão esquisita nos quadris, que ia e voltava toda hora. Não consegui mais dormir, sabia que a nossa hora estava chegando! A emoção começou a tomar conta, minha primeira reação foi chorar de felicidade. Meu marido ainda estava dormindo, então acordei ele e contei que estava sentindo as famosas contrações. "Mas como você sabe que agora é de verdade?" foi a primeira coisa que ele disse. Depois de tantas idas em vão à maternidade, decidimos esperar. 
Pouco tempo depois, senti o tampão sair. Junto com ele, começou a vir sangue. Bom, pela minha inexperiência, era mais um sinal de ir para a maternidade. (Naquela altura, qualquer coisa seria um sinal para ir). Quando deu 7h, liguei para o meu pai me levar, eu achava que não dava pra esperar mais. As contrações vinham de minuto em minuto, e eu resolvi tomar um banho e verificar se estava tudo pronto. Roupinhas, fralda, minhas roupas... Sentei no quarto do bebê e, por uma meia hora, não tive mais reação, só queria "curtir" aquela dorzinha que me dizia que a felicidade estava por vir. Ah, fofo né? Mal sabia que as dores só iriam aumentar. Tratei de mandar mensagem pra todo mundo, queria compartilhar aquele momento maravilhoso! "Genteeeee, é hoje! Ele está vindo!"
Meu pai chegou em casa às 9:30 e fomos para a maternidade. Meu marido achou melhor deixar tudo em casa, e caso eu fosse internar ele voltaria para buscar. Acho que ele ainda não estava acreditando que finalmente o dia tinha chegado. Entrei na maternidade com um sorriso de orelha a orelha! Devia estar estampado na minha testa que era o dia mais feliz da minha vida! Uma quinta-feira cinza e chuvosa daquela, mas eu só dizia que era uma chuva de bênção, de "boas-vindas". Foi nesse dia que eu entendi a expressão "mãe sempre sabe". Era o dia dele sim. Passei pela avaliação do médico, e ele foi bem categórico "Você está com 3cm de dilatação e tem duas opções, ou volta pra casa e espera mais um pouco, ou aguarda aqui e te internamos. Mas pode demorar". Na verdade, eu só ouvi "vamos internar?", e respondi "Vamos internar! Meu filho não vai nascer em casa!". Santa ansiedade... kkk
Aguardei um pouco na sala de espera e quando foi aproximadamente 11h, com 4cm de dilatação, fui para a sala do pré-parto com meu marido, e no mesmo dia, estava uma moça com a mãe, ela também iria ganhar, então subimos todos juntos. Aí que as coisas começaram a "engrossar" pra mim. Aquela sensação de felicidade e satisfação logo foi tomada por pequenos momentos de dor. Uma dor aguda, como nunca senti na vida! Ela vinha a cada dois minutos, e ia diminuindo conforme o tempo ia passando. Cada vez que vinha, parecia mais forte. Eu esqueci tudo o que havia aprendido sobre os exercícios de respiração que ajudavam a amenizar tal dor. Eu comecei a esquecer de tudo. Meu marido falava comigo, e eu mal conseguia responder. A enfermeira aparecia e perguntava se estava tudo bem, e eu juro, naquele momento a única coisa que eu pensava era que ia morrer. Eu sei, sou dramática... mas quem já passou pelas contrações sabe bem do que eu to falando. Mais um exame de toque, e eu estava com 6cm de dilatação. Me enfiaram na ocitocina. Bem, a partir daí, o que estava ruim, ficou pior. As dores passaram de fortes para absurdas e eu comecei a delirar! As pessoas falavam comigo e eu só conseguia dizer "SOCORRO, ME TIRA DAQUI!".
(pausa. gente, como assim me tira daqui? kkkkk eu surtei, a dor foi tanta que eu simplesmente esqueci que estava em trabalho de parto e pensei que fosse morrer)
A enfermeira voltou, viu que eu estava extremamente surtada, perguntou se eu queria tomar um banho pra ajudar com as dores. SIM, PELO AMOR DE DEUS, QUALQUER COISA.
Bem, depois desse pedido, ela resolveu dar uma olhadinha na situação do baby. Eis que ela me solta um "Hm... o banho vai esperar. Vou estourar sua bolsa!". E quando eu pensei em falar alguma coisa, ela já estava enfiando sabe lá o que em mim, senti outra dessas dores que parece que o espírito sai do corpo e volta, então veio aquela água quente, escura (bem escura, por sinal), que inundou a maca que eu estava. Eu arregalei o olho e gritei, gritei como nunca! E ela chamou meu marido e pediu pra ele olha... "Alí, pai. É o cabelo do bebê! Ele já está saindo!"
MI-SE-RI-CÓR-DI-A!
"Faz força, mãezinha! Seu bebê já vai sair!"
"SOCORROOOOO, ME AJUDAAA! ME TIRA DAQUI, PELO AMOR DE DEEEEUS! EU VOU MORRER!"
"Calma, mãezinha! Respira fundo, faz força e abraça o joelho"
Nem sei como eu lembro dela ter falado isso. De verdade, eu achei que fosse desmaiar. Não sei de onde veio a tal força! Só vi me levarem para a sala de parto, fizeram a porcaria da episiotomia. Apenas 3 "forças" dessa que me pediram, e ele veio. Juro, não senti ele sair. Aliás, senti sim, mas não senti dor. O que doeu, de verdade, foram as contrações. Essas são enlouquecedoras. Ele nasceu às 14:34, pesando 2,890kg e medindo 48cm. Bem, não posso dizer que era lindo, porque com certeza vocês não vão achar. Mas eu achei perfeito! Hehehe, o joelho mais lindo que já vi na vida!
Mas na hora, não sei o que aconteceu. Eu fiquei "anestesiada", não tive reação, olhei pra ele, perguntei se ele estava bem, e adormeci de olhos abertos. Não sei se foi o cansaço e a exaustão, não consigo explicar. Fui tomada por uma sensação esquisita. Não me mexia, não falava nada. Meu marido teve que sair, a enfermeira começou a dar os pontos e novamente comecei a sentir dor. Nem deixei ela terminar! A anestesia não estava pegando, e eu me recusei a sentir qualquer outra dor naquele momento. "Mas moça, preciso terminar! Faltam apenas 2 pontos!" - 'Por favor, te imploro, chega'.
E assim, me levaram para a sala de observação. Eu estava tão esquisita que não me lembro de como é a sensação. Aliás, eu não senti nada. Apaguei por 2 horas. Quando acordei, uma enfermeira me bombardeou de perguntas "Nome completo, idade, endereço, profissão, nome do pai da criança, blablablá..."
Cada pergunta dela ecoava na minha cabeça e eu acho que demorei uns 3 minutos para responder cada uma. Ela saiu e depois de um tempo, me levaram de maca para o quarto. Uma meia hora depois, trouxeram o Enzo. Bom, nesse momento eu posso dizer que conheci o amor da minha vida! Agora sim, todas as emoções do mundo apareceram e afloraram! Que felicidade! Ele era lindo, mesmo com aquela roupinha de hospital, mesmo inchado, enfim... hahaha, eu me apaixonei pelo meu filho (foi à segunda vista, ok? hahaha).
Depois veio o papai, e as duas avós. Todos babaram bastante <3
A primeira noite, ele dormiu inteirinha! Eu que acordava pra ver se ele estava bem, se estava respirando, aquelas paranoias de mãe. Não me deu trabalho nenhum! Fiquei até preocupada...
Bem, o resto são detalhes sem importância! 
E assim foi o nosso primeiro dia juntos, o dia em que ele veio ao mundo, e eu nasci de novo. Nasci como mãe, renasci como mulher. Parece clichê, mas quem já passou por isso sabe. Tudo muda. E eu, particularmente, estou amando!

E com essa foto, da cara inchada do Enzo minutos depois nascer, eu me despeço de vocês.
Obrigada por acompanhar! Já estou pensando no próximo post ;)

Um beijo!

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Após um ano... Retomando!

Oi galerinha!

Bom, depois de exatamente um ano, estou aqui novamente!
Eu posso dar milhões de explicações para o meu sumiço, mas a verdade é que eu tenho mesmo esse costume: começo as coisas e abandono. Uma falha minha, algo que quero muito consertar em minha vida. Que tal então começar por algo mais simples? O blog! E cá estou eu. Ainda não sei com qual frequência farei postagens, principalmente porque agora tenho nos braços uma razão para ter grande parte do meu tempo tomado, mas enfim... ele é o motivo de tudo isso! Comecei o blog para falar sobre a gestação, acabei pulando essa parte (mas não deixarei de falar sobre isso, minhas experiências e meu parto, que será relatado no próximo post), então agora além disso, falarei sobre o meu dia a dia com o baby, e como minha vida mudou após seu nascimento. Ele nasceu dia 27/08/2015, ou seja, já está com 6 meses! Se chama Enzo e (como toda mãe coruja acha) é lindo, encantador e eu estou apaixonada! Como ele adooora se mostrar, esse post - que vai ser curtinho pois ele está nesse minuto tentando voar do meu colo para o chão - vai com o link de um pequeno vídeo que fiz dele (desses do snapchat de 10 segundos) pra vocês conhecerem o amor da minha vida!


E pra quem quiser me seguir nas redes sociais, segue:
Instagram: @profissaomaternidade
Facebook Profissão Maternidade

Um beijo meu, e desse gordico que está doentinho, mas não deixa de aprontar!

domingo, 1 de março de 2015

Breve apresentação...

Oii :)
Bom, pra começo de conversa, meu nome é Jéssica, tenho 23 anos e estou grávida.
Decidi escrever para compartilhar minhas experiências como mãe de primeira viagem, e pretendo falar de tudo um pouco: desde o teste de gravidez até o parto. Serão meus relatos sobre como estou passando por esse processo tão magnífico e intenso ao mesmo tempo.
Descobri minha gravidez no dia 12 de janeiro, num teste de farmácia. Não estava me sentindo muito bem há alguns dias, mas não acreditava que pudesse ser gravidez pois tomava anticoncepcional. Mas, meu marido, que não conteve a ansiedade, achou que pudesse ser isso e comprou um teste. Era umas 19h e o teste dizia claramente que eu deveria fazer com a urina da manhã. Mas quem disse que a gente conseguiu esperar? Hahaha de jeito nenhum! Fiz naquela hora mesmo. Até porque, achei que ia dar negativo de qualquer jeito.
SURPRESA! Hehe, duas faixas vermelhas apareceram.

E agora? Qual a chance daquilo estar errado? Pesquisei na internet e vi que realmente existia alguma chance, então não queria acreditar. Enquanto o marido já ia escolhendo nomes, eu estava me contendo por dentro, tentando não acreditar. Pra mim era complicado por várias razões, eu sempre quis engravidar, portanto não queria me frustar. Segundo, ele estava desempregado, e se aquele teste estivesse certo, havia uma grande possibilidade de eu surtar por acreditar que nós não íamos dar conta. E tinha também o fator família, que eu até então acreditava que não apoiaria justamente por isso, ele estava desempregado e eu ganhando pouco, morando de aluguel... enfim, motivos de sobra para que todos pudessem nos criticar, apesar de eu ter em mente que uma criança é sempre um motivo de alegria. O medo tomou conta... No dia seguinte, 13 de janeiro, fui trabalhar e comentei com algumas pessoas o ocorrido. Me aconselharam a fazer o exame de sangue, o tal Beta HCG. Nesse mesmo dia, era aniversário da minha mãe. Fui com meu marido até a casa dela e, ao chegar, não conseguia falar absolutamente nada. Apenas a abracei, disse "parabéns" e chorei. Chorei de soluçar. Ela, sem entender nada, chorou junto. Ela me acalmou e pediu uma explicação. Apenas falei "acho que estou grávida". Pronto, ela chorou mais ainda. Imaginei milhões de reações, menos a que veio a seguir. A felicidade a consumiu de uma forma que nem nos meus sonhos mais loucos eu poderia ter pensado antes! Era o que eu precisava pra seguir em paz. E ela já foi logo postando no facebook a notícia, que havia ganhado o melhor presente de aniversário que eu poderia dar: seria avó. Até então, eu não tinha falado pra quase ninguém, porque não tinha certeza, queria esperar o tal exame de sangue pra confirmar. Com isso, confesso que comecei a acreditar que poderia mesmo ser verdade, que existia mesmo a possibilidade de ter um pequeno ser crescendo dentro de mim... Que sonho louco!
Fui fazer o exame de sangue, e o resultado saiu alguns dias depois, apenas confirmando o que os outros já sabiam mas eu duvidava. Positivo!
Bom, a partir daí, bora agendar as consultas, os exames, etc...
Como esse post era pra ser apenas uma apresentação, já peço desculpa se ficou longo, mas já deu pra perceber que eu gosto um pouco de escrever né? Hehe
Nos próximos dias, vou contar sobre minhas primeiras consultas, o ultrassom que já fiz, o tempo de gestação e tudo mais...
Espero que gostem! E comentários serão sempre bem vindos.

Um beijo.